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Como o brasileiro vai se alimentar em 2020? Conheça as tendências do setor de alimentação

Todos os anos é a mesma história: diversas notícias apontando o desejo do brasileiro de ter uma alimentação mais saudável. 

Será que o desejo acompanha mudanças factuais, ou são somente uma parte daquelas metas de ano novo que ninguém cumpre de verdade?

Alimentação verde e amarela: verde na teoria, amarela na prática

Enquanto o desejo de viver saudável aumenta, o mercado de fast-food segue em expansão no Brasil. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA), o consumo de alimentos processados cresceu 4,3% em 2018. 

Da mesma forma, o Sindicato das Cozinhas Industriais (SINDAL) mostra que o mercado movimenta R$ 84 bilhões no país, com crescimento acima da inflação.

No final de 2019, a rede Popeyes anunciou a abertura de cerca de 300 lojas até o final de 2020 no Brasil, concorrendo diretamente com o KFC.

Segundo a pesquisa da ABIA, a expansão deste mercado é justificada por alguns fatores, como:

Maior demanda por alimentação conveniente por parte da população √

Expansão dos serviços de entrega delivery √

Participação da mulher no mercado de trabalho e ordenação de food-services √

Desenvolvimento de centros de consumo no interior do país √

Parcerias de longo prazo entre indústria e operadores √

Novos formatos de negócios em sintonia com demandas emergentes √

Uso de novas tecnologias de informação, alterando a forma de consumir, distribuir e produzir √

Plant-based perde singularidade

Enquanto as tendências de 2019 foram marcadas pelos alimentos à base de plantas, em 2020 eles já não serão mais novidade. Em compensação, devem começar a surgir ramificações populares dentro do conceito, como a valorização das proteínas de ervilha. Com diversos problemas ambientais envolvidos, a soja perde a popularidade, dando espaço para outras leguminosas, como lentilha e grão de bico.

Por exemplo, o N.ovo, lançado no Brasil em março de 2019, é um substituto aos ovos baseado em amido e proteína de ervilha.

Rango conectado

Com o avanço da 4G – e perspectivas da chegada da 5G – os usuários devem buscar mais pela transparência dos produtos consumidos.

De acordo com a Hibou, empresa de pesquisa e monitoramento de mercado, a tendência é que brasileiros busquem, em tempo real, informações do que estão comendo.

Os smartphones, aliás, permanecem ativos nas refeições do Brasil, com o aumento na utilização de aplicativos de entrega, além das buscas de feedbacks dos estabelecimentos. Outra tendência é a participação dos sistemas de fidelidade e cupons de desconto.

No âmbito dos restaurantes, os clássicos a la carte perdem espaço para as opções personalizáveis. Nelas, o cliente determina a montagem do próprio prato. Nas palavras da pesquisa, “facilitar o consumo é ajudar o consumidor a se tornar mais saudável.”

Saladinhas para os brasileiros

Além de entregar refeições, o Uber Eats também entrega pesquisas: em janeiro, a empresa divulgou um relatório de tendências para alimentação, com base nos pedidos do app.

O aplicativo confirma o desejo do brasileiro por se alimentar de modo mais saudável em 2020. Houve um aumento nas pesquisas por saladas, alimentos cetogênicos ou vegetarianos.

A salada, aliás, foi a campeã das pesquisas em 2019, aparecendo pela primeira vez na lista de mais procurados. Ao lado, as tradicionais pizzas e carne continuam populares.

Ficou com fome?

Como curiosidade, a pesquisa relatou que seria possível combinar o equivalente a 648 campos de futebol com todas as pizzas encomendadas no aplicativo em 2019 (somente na América Latina). Como se não bastasse, 2.933 piscinas olímpicas seriam equivalentes a aos hambúrgueres consumidos no mesmo período, confirmando a predileção do público pelos processados na hora do rango.

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